EAD aproxima brasileiros de universidades estrangeiras


Enquanto muitos brasileiros viajam horas de avião, gastam quase todas as economias e abandonam a terra natal para estudar nas melhores universidades estrangeiras, o professor da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília) Elicio Bezerra Pontes realizou essa façanha com apenas um clique. Seus planos de fazer o doutorado no exterior estiveram ameaçados por muito tempo. Compromissos profissionais e familiares o amarravam ao Brasil. Mas as novas tecnologias estreitaram os caminhos dele, que pôde freqüentar a instituição espanhola UNED (Universidad Nacional de Educación a Distancia). Realidade possível graças à Educação a Distância.

"Já havia passado um bom tempo no exterior para fazer o mestrado e uma especialização. Não seria possível ficar longe do país, da família e do trabalho por mais quatro anos", explica o professor. Apesar de atuar com a EAD desde os anos 60, ele jamais pensou em utilizar a modalidade a seu favor. Mas as atividades profissionais na UnB o aproximaram da opção. "A universidade estabeleceu um contato mais estreito com a UNED. Uma aproximação que me despertou o interesse em cursar o doutorado lá", conta.

Mesmo sem ter de deixar o Brasil, o professor conquistou o título de doutor. Algumas viagens à Espanha, segundo ele, tiveram que ser feitas para cumprir as atividades presenciais, mas nada que comprometesse suas responsabilidades aqui no Brasil. "O curso foi essencialmente a distância. Os estudos, as atividades e todos os contatos foram realizados via Internet. As visitas aos centros da universidade, na Espanha, não foram obrigatórias. A decisão de ir até lá foi minha, como forma de conhecer mais de perto o funcionamento da UNED e estabelecer contatos mais diretos com meu orientador", esclarece o professor.

Fonte: Universia
Data: 14/07/2008

Tecnologia muda cara de salas de aula dos Estados Unidos


BOSTON – De cursos on-line a laptops fáceis de usar por crianças e professores virtuais, a tecnologia está se expandindo nas salas de aula dos Estados Unidos, reduzindo a necessidade de livros didáticos, cadernos, papel e, em certos casos, das escolas em si.

Pergunte a Jemella Chambers, de 11 anos. Ela é um dos 650 alunos que recebem laptops Apple todos os dias, em uma escola financiada pelo Estado em Boston. Sentada na segunda fileira de sua classe, ela faz sua lição de matemática em um software educativo animado que compara a um videogame.


"É confortável", diz Chambers sobre o software FASTT Math, da Scholastic, que permite que ela e outros alunos compitam para determinar quem tem os melhores resultados na resolução de equações matemáticas. "Isso me faz aprender melhor. É como um jogo", diz.

Fonte: Estadão
Data: 14/07/2008

Começa a 60ª reunião anual da SBPC


Palestrantes destacam papel social do conhecimento e convocam mobilização da comunidade científica para que o país enfrente desafio da educação básica de qualidade.

(foto: T.Romero)



Depois de seis décadas, a maior reunião científica da América Latina está de volta a Campinas (SP). A cidade no interior paulista sediou em 1949 a primeira reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), fundada no ano anterior.

Com o tema “Energia, ambiente e tecnologia”, a 60ª edição do evento foi aberta na noite deste domingo (13/7), no Centro de Convenções da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em cerimônia que recebeu mais de mil pessoas.

A previsão dos organizadores é que o evento, que terá cobertura diária da Agência FAPESP, receba um público de aproximadamente 15 mil pesquisadores, docentes e estudantes do ensino superior, médio e fundamental.

A reunião foi aberta por cenas de um documentário sobre o papel da SBPC como um dos únicos fóruns de debates democráticos da sociedade brasileira durante os anos de regime autoritário. Em seguida, Marco Antonio Raupp, presidente da SBPC, enfatizou o papel da entidade como espaço de expressão democrática da sociedade brasileira e destacou que a instituição continua cumprindo sua missão de discutir os impactos sociais da ciência.

O tema da reunião deste ano remete a alguns dos principais desafios do país. São temas que precisam ser discutidos com consciência social por quem produz conhecimento. Queremos desenvolvimento econômico, mas não a qualquer preço. É preciso que ele se apóie na sustentabilidade econômica, ambiental e social”, disse.

Raupp também destacou o engajamento da instituição no trabalho na ampliação da educação em todos os níveis, para atender às necessidades econômicas e sociais da sociedade brasileira.

Queremos uma revolução educacional em larga escala. O desenvolvimento sustentável e a economia do conhecimento são os pilares de um país que quer encarar o desafio de uma educação e qualidade massificada. Por isso a SBPC está aberta às discussões sobre novos caminhos, idéias e mecanismos que acelerem essa revolução”, disse.

Jorge Almeida Guimarães, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento do Ensino Superior (Capes), contou que o Ministério da Educação está lançando uma convocação para que professores, pesquisadores e estudantes ajudem a corrigir os rumos do ensino básico no país.

Os três principais desafios da educação são a restauração da qualidade do ensino médio, o problema da questão regional, com ênfase na capacitação de recursos humanos para a Amazônia, e o avanço da relação da universidade com o setor industrial”, disse.

Para combater os problemas da educação básica, segundo Guimarães, Capes e MEC contam não apenas com a ajuda das entidades científicas, mas também com a participação do movimento estudantil. “Convocamos a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) para unir esforços por essa causa”, disse.

A presidente da UNE, Lucia Stumpf e o presidente da ANPG, Hugo Valadares, foram convidados pela organização da SBPC a discursar na abertura do evento. Ambos reivindicaram uma reforma universitária e mais investimentos. “Queremos uma universidade privada regulamentada e um ensino público mais forte”, disse Lucia.


Promoção da inovação

Sergio Rezende, ministro da Ciência e Tecnologia destacou que o trabalho da SBPC, ao longo dos últimos anos, tem inspirado a elaboração da política nacional de ciência e tecnologia. “Por esse motivo em especial gostaria de congratular os 60 anos bem vividos da entidade e desejar vida longa, através de todos os seus dirigentes, a essa grande sociedade”, disse.

Resende lembrou que no primeiro mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a política nacional de ciência e tecnologia se baseou em quatro eixos centrais, entre os quais uma maior expansão geográfica do sistema de C&T e o incentivo à política industrial e tecnológica de comércio exterior.

Os outros dois eixos são as áreas estratégicas nacionais, com ênfase para a Amazônia, o semi-árido e os setores espacial e nuclear, e as ações voltadas para a divulgação e melhoria da ciência e tecnologia, de modo que essas duas venham a contribuir para desenvolvimento nacional”, salientou.

Segundo Rezende, a experiência adquirida com a criação desses eixos estratégicos levou à elaboração do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado à Ciência e Tecnologia, que pretende investir mais de R$ 40 bilhões em pesquisas e capacitação científica até 2010.

Esse plano de ação foi criado não apenas como uma política para o MCT, mas como uma política para o governo federal como um todo, que envolve vários ministérios e grandes parcerias com agentes estaduais para uma maior integração nacional. Trata-se de uma política de Estado e não de governo”, afirmou.

A nossa expectativa é que a promoção da inovação tecnológica nas empresas, que é um dos grandes desafios desse novo plano de ação, seja uma das iniciativas que se consolidem nos próximos anos. Para isso já contamos com muitos instrumentos e parcerias com estados, em especial com o de São Paulo, por meio da FAPESP”, disse o ministro.

O anfitrião José Tadeu Jorge, reitor da Unicamp, comparou a evolução do número de participantes das reuniões anuais da SBPC. “A primeira edição da reunião contou com pouco menos de 150 participantes e esta tem um público esperado de cerca de 15 mil pessoas. Isso é prova da evolução das atividades de pesquisa e inovação ao longo das últimas décadas, mas mostra também a dedicação de muitos brasileiros ao desenvolvimento do conhecimento novo”, assinalou. A primeira reunião da SBPC foi realizada em outubro de 1949, no Instituto Agronômico (IAC), em Campinas.

Carlos Vogt, secretário do Ensino Superior de São Paulo, que representou o governador José Serra, fez votos de que a 60ª edição da reunião consiga transcorrer dentro de um ambiente fértil de produção de conhecimento por meio da apresentação de teses e novas idéias. “Essa rica produção tem caracterizado as reuniões da SBPC em sua luta pelo conhecimento e em sua luta histórica pela democracia no país”, disse.

O evento teve ainda homenagens ao geneticista Crodowaldo Pavan e ao físico Sérgio Mascarenhas de Oliveira. Além deles e dos palestrantes, participaram da mesa de abertura o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Jacob Palis, e os organizadores da 60ª reunião, Marcelo Knobel, do Departamento de Física do Estado Sólido e Ciência dos Materiais da Unicamp, e Eduardo Guimarães, do Departamento de Lingüística da Unicamp.


Vasta programação

A programação, dividida em 17 núcleos temáticos, aborda o tema “Energia, ambiente e tecnologia” de forma transversal em quase 300 atividades, incluindo conferências, simpósios, mesas-redondas, minicursos, apresentação de pôsteres, encontros de sociedades científicas, assembléias e sessões especiais.

A reunião contempla ainda a SBPC Jovem (com 200 atividades voltadas para crianças e adolescentes), a SBPC Cultural (com manifestações de artistas da região), a ExpoT&C (com estandes de empresas e instituições ligadas à Tecnologia e Ciência), a Feira do Livro e a Feira de Artesanato. A Unicamp contará com o envolvimento de mais de 300 estudantes que prestarão monitoria nas mais variadas atividades da reunião.

A educação para ciência no ensino básico terá um enfoque especial, constituindo o tema de 13 atividades. Diversas sessões discutirão a importância dos 60 anos da SBPC, do centenário da emigração japonesa e do Ano Internacional do Planeta Terra.

Os núcleos centrais de discussão serão voltados para temas como “60 anos da SBPC”, “Etanol de cana-de-açúcar”, “Conhecimento, desenvolvimento e inovação tecnológica”, “Aquecimento global e ambiente”, “Biodiversidade e conservação”, “Darwin: 150 anos da origem das espécies” e “Experimentação com animais de laboratório”.

Também estão na pauta dos núcleos temáticos os tópicos “Pesquisa científica e legislação brasileira”, “Educação para a ciência no ensino básico”, “Cidade como espaço social”, “100 anos da imigração japonesa”, “Programa CBERS”, “Multidiversidade cultural”, “Saúde pública: doenças endêmicas”, “O papel da Embrapa na produção de biocombustíveis” e “Ano internacional do planeta Terra”.

Mais informações: www.sbpc2008.unicamp.br

Fonte: Fábio de Castro e Thiago Romero
AGÊNCIA FAPESP
,de Campinas/SP
Data: 14/07/2008

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Um pouco de arte...

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Meu passatempo favorito é a fotografia digital e tratamento de imagens!

Lusco-fusco em Corumbá-MS

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Até uma foto com problemas de foco e que, teoriamente, estaria perdida, pode se transformar em obra de arte!