No mundo de hoje, em que as crianças têm o primeiro contato com as máquinas cada vez mais cedo, o desafio dos professores é evitar que os pequenos se limitem a apenas reproduzir o conteúdo da rede em trabalhos escolares.
Para a pedagoga e mestre em formação de professores Simone Rodrigues Batista, que leciona Novas Tecnologias em Comunicação e Educação no Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), é fundamental o professor se adequar ao perfil do aluno atual.
''Não é que o aluno ficou mais preguiçoso. A partir de 2001, pesquisas indicam que as crianças têm ligações entre os neurônios mais rápida. São os chamados nativos digitais. Eles não aceitam mais aulas fora de padrões de interatividade. Desligam da aula porque não está adequada ao mundo de hoje'', analisou.
Segundo Simone, a escola não pode insistir só nas metodologias tradicionais. ''É o que acontece em muitos lugares, porque nem todas as escolas têm os recursos ou nem todos os professores estão preparados para trabalhar com novas tecnologias'', constata. ''Não adianta pegar um menino do mundo de hoje e insistir em questionários, ponto na lousa, porque a aula não terá significado para ele'', finalizou.
Em tempos em que os trabalhos escolares se limitam, muitas vezes, à reprodução do conteúdo à disposição na rede, a pedagoga indica uma saída. ''Tem que mostrar a importância do livro, mas incentivar o uso da internet. Na rede há muita informação, mas não quer dizer que haja profundidade nelas'', comparou.
Data: 08/08/2008