Porque os funcionários se demitem?


Ricardo Piovan - Palestrante e Consultor Organizacional


Desde que comecei a dar treinamentos de liderança em empresas, venho observando que a maioria das pessoas demitem-se de seus gestores e não da organização em que trabalham. É a velha história: no começo da relação líder-colaborador, o líder procura causar uma boa impressão. Com o passar do tempo, porém, cai a máscara do “chefe legal” e um chefe grosseiro e ignorante mostra suas garras.

O fato é que muitos gestores desmotivam profundamente seus funcionários. Como disse Eugênio Mussak em um curso de que participei, a motivação humana está ligada a dois fatores básicos: obter prazer e evitar sofrimento. Se um líder faz sua equipe sofrer com atitudes autoritárias e rudes, as pessoas demitem-se da empresa para evitar o sofrimento – ou melhor, demitem o chefe de suas vidas!

Mas que atitudes do líder levam a essa reação tão drástica dos colaboradores? Recorro agora ao Livro de Ouro da Liderança de John C. Maxell, em que são apontados quatro fatores que levam as pessoas a desistir de seus chefes:

1. As pessoas desistem de quem as desvaloriza
Há chefes que parecem incapazes de elogiar os colaboradores por um trabalho bem feito, negando-lhes o prazer de serem reconhecidos. E há chefes que fazem ainda pior: desvalorizam os esforços e o trabalho de seus liderados, o que lhes causa sofrimento. Uma dica importante é atentar-se a forma de oferecer feedback quando as coisas não estão indo bem, se você se interessa pelo assunto veja nossa palestra gratuita sobre o tema acessando este link.

2. As pessoas desistem de quem não é confiável
Uma pesquisa realizada em empresas americanas indica que a confiança no ambiente trabalho está em declínio. O estudo destacou cinco comportamentos dos líderes que destroem a confiança dos liderados:
  • Agir de modo incoerente com o que diz
  • Obter vantagens pessoais
  • Sonegar informações
  • Mentir ou contar meias-verdades
  • Ter mentalidade fechada
3. As pessoas desistem de quem é incompetente
Pode o colaborador ter respeito por um chefe incompetente, que se impõe pela força em vez de pelo exemplo? Vejamos o que nos diz a “lei do respeito”, extraída do livro As 21 Irrefutáveis Leis da Liderança: “As pessoas seguem naturalmente os líderes que demonstram ser mais fortes que elas”. Um colaborador que, por exemplo, tem capacidade de liderança em grau 7 não seguirá um líder que tem grau 4.

4. As pessoas desistem de quem é inseguro
É muito fácil identificar um líder inseguro. Basta verificar se ele está preparando alguém para sucedê-lo ou se tenta tornar-se indispensável. Pessoas querem líderes que as estimulem a alçar vôos; anseiam por mentores que as auxiliem a desenvolver seu potencial.

Diante do que foi exposto neste artigo, nós, líderes, temos muito o que refletir. Será que estamos fazendo nossos liderados sofrerem com nossas atitudes? Estamos realmente lhes proporcionando condições de trabalho? Ou será que nosso comportamento os está fazendo ir embora e levar consigo o conhecimento adquirido na empresa e os frutos do investimento em suas competências?

Sugiro que você peça à sua equipe um feedback sobre os quatro fatores que fazem as pessoas desistir de seus chefes. Descubra se você proporciona prazer ou sofrimento a aqueles que passam 8, 10 ou até 14 horas em sua companhia.

Até a próxima!

Fonte: PortalFOX
Autor: Ricardo Piovan
Data: 24/10/2008

O Brasil e a sociedade da informação


Artigo de Demerval Luiz Polizelli

Televisão digital, telefonia IP, celulares multifuncionais e Internet 3G refletem ações de inteligência de negócio muito mais sofisticadas do que se imagina. Se, para o consumidor, o avanço da tecnologia tem sido tão intenso nos últimos anos, imagine para as equipes de desenvolvimento? Uma coisa já é possível afirmar: grande parte dessas inovações não surgiu espontaneamente como pensam alguns. Todas essas novidades foram produto de uma nova forma de gestão de tecnologia com base em colaboração e redes de negócio.

Na última década, a velocidade das inovações exigiu tamanha articulação que os países ricos passaram a desenvolver uma proposta para a sociedade como um todo. Universidades, Governos e empresas dividem entre si o papel de difundir o conhecimento existente e transformá-lo em novos produtos e serviços com o apoio de competências espalhadas pela sociedade. Aí está a era da Sociedade da Informação.

Essa sociedade voltada para o conhecimento encontra-se em processo de formação e expansão por todo o mundo. O Japão, por exemplo, foi um dos pioneiros da Sociedade da Informação. O país, que é amplamente reconhecido por sua habilidade em desenvolver novas tecnologias, publica periodicamente relatórios sobre a situação e as tendências das telecomunicações (Livro Branco) que estimula empresários, estudantes e empresas a explorar as oportunidades e os desafios nas áreas de informática e convergência digital. Atualmente, o país se preocupa em desenvolver a sociedade das redes voltada para a ubiqüidade (acesso a partir de qualquer plataforma, para qualquer conteúdo, a qualquer tempo).

Essa estratégia japonesa pensou no emprego de tecnologia da informação em dois planos complementares. O primeiro investe na infra-estrutura e na capacidade de comunicação entre as empresas, para aumentar a eficiência das organizações. O segundo antecipa as novas necessidades geradas pela diversificação dos estilos de vida da população, que demanda por novos serviços, conteúdos e produtos com acesso digital.

Aqui no Brasil, no entanto, essa visão dos rumos da tecnologia não está acompanhando as tendências de ponta, está longe de ser a ideal. Quando voltamos nossa atenção para o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), fica difícil compreender como esse projeto poderá consolidar redes de negócio e informação sem que haja um planejamento amplo de desenvolvimento de novas soluções em TI.

Livro Verde

Uma primeira proposta foi pensada há cerca de oito anos no Brasil. Um grupo de estudiosos desenvolveu uma obra - Livro Verde da Sociedade da Informação no Brasil - com uma série de ações para o desenvolvimento de tecnologias para o setor. Porém, o setor privado não foi envolvido nesse projeto. Na época, a mesma iniciativa tentava acompanhar ações em nações como Coréia, Japão e países da União Européia. O livro contém as tendências da tecnologia e pretendia ser uma bússola para novas ferramentas, além - é claro - de compor um banco de dados riquíssimo para empresas, governos e universidades. Contudo, não teve continuidade e não foi capaz de articular os chamados principais atores (governo, educação, empresas).

Com o objetivo de trazer novamente à tona a discussão sobre a importância que o Livro Verde tem no desenvolvimento de novas tecnologias para o País, os alunos da FIAP estão realizando uma série de ações para a atualização desse documento.

A idéia é iniciar um movimento para que o Brasil comece a desenvolver propostas para a constituição de redes de negócio com base em tecnologias de ponta. Por exemplo, a exportação de biocombustíveis exigirá a integração de produtores, tecnologias de desenvolvimento que podem ser monitoradas por relatórios sobre as tendências da tecnologia, orientando os investimentos das empresas para novas soluções. Sabemos que a tarefa não é fácil. É evidente que o País ainda enfrenta um conservadorismo para investir em tecnologias, mas precisamos o quanto antes quebrar essa barreira.

As pesquisas sobre as experiências dos projetos de Sociedade da Informação devem ser encaradas como levantes por parte das universidades, empresas e governos. Caso contrário, o Brasil vai naufragar por não desenvolver uma rede de agências de fomento de famílias de tecnologias para a elaboração de produtos, sistemas e ferramentas estrategicamente inovadoras. Esse incremento é essencial para o crescimento do País e pode converter as propostas do PAC em oportunidades para o debate e aplicação de novos conceitos de gestão.


Fonte: iMasters
Autor: Demerval Luiz Polizelli
Data: 24/10/2008

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Um pouco de arte...

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Meu passatempo favorito é a fotografia digital e tratamento de imagens!

Lusco-fusco em Corumbá-MS

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Até uma foto com problemas de foco e que, teoriamente, estaria perdida, pode se transformar em obra de arte!