A crise financeira global tem feito com que muitas empresas busquem maneiras de cortar gastos. Num cenário de incertezas, sem saber como a demanda se comportará nos próximos meses, o melhor é se prevenir. Por isso, muitas delas foram obrigadas a economizar com o treinamento de funcionários. Uma das alternativas encontradas tem sido o ensino a distância.
"Diariamente, estamos sendo contatados por profissionais da área de Recursos Humanos em busca de cursos de capacitação profissional a preços customizados, tanto de empresas nacionais como estrangeiras, principalmente em Angola, Moçambique e Portugal", afirmou a diretora de e-Learning da ECID (Educação Continuada Internacional a Distância), Magali Fernandes.
Necessidade
Em economias em franca expansão, os cursos profissionalizantes a distância por e-Learning passaram a ser fundamentais, uma vez que estes países precisam que os profissionais se atualizem, a valores acessíveis. Além dessa vantagem, o aluno tem a oportunidade de estudar no momento mais conveniente, sem que prejudique sua rotina no trabalho.
No Brasil, além de o ensino a distância ser necessário porque o país está em expansão, ele também é importante devido à dimensão territorial. "O ensino a distância é uma realidade necessária em nosso país de dimensões continentais", afirmou o presidente-executivo do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), Luiz Gonzaga Bertelli.
Personalização
De acordo com o coordenador pedagógico dos cursos industriais e profissionais da área de engenharia da Refinaria de Capuava (Petrobras), Edvaldo Nazário, é possível desenvolver qualquer curso da área de interesse dos alunos, sejam eles pessoas físicas ou grupos corporativos. "Os cursos e conteúdos pedagógicos podem ser formatados e customizados de acordo com as necessidades dos alunos ou da empresa, tendo como base informações fornecidas pela área de treinamento de pessoal".
Jovens
A supervisora de Educação a Distância do CIEE, Rosa Maria Simone, citou uma pesquisa realizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento que mostra que o jovem de 15 a 19 anos está despreparado para a vida profissional. O ensino a distância pode vir a suprir essas necessidades dos jovens, desde que adaptado.
"Suas principais dificuldades (dos jovens) referem-se à capacidade de expressão e de interpretação de textos. Eles também são pouco disciplinados, não têm clareza em relação às expectativas para o futuro, têm pouca noção de hierarquia e administram mal o tempo", disse.
Por isso, de acordo com ela, quando o curso a distância for oferecido a jovens, deve ser mais direto e dinâmico.
Data: 13/02/2009