Autora: Danielle Caroline Rodrigues
Software, pager, home, link, hardware, bytes, modem. Você, professor, nunca ficou um pouco “perdido” em meio a todas essas nomenclaturas?
Já se perguntou para que, efetivamente, servem cada uma dessas ”coisas”?
Agora, se você tiver a curiosidade de perguntar para um de seus alunos os significados dessas palavras, e bem provável que ele os tenha na ponta da língua. E o avanço da tecnologia?
Talvez os jovens e as crianças tenham percebido a importância de se estar conectado ao mundo virtual antes dos adultos. Para isso, existem diversas razões, como eles já terem nascido inseridos nesse universo altamente tecnológico, serem mais receptivos às novidades, entre outras. Mas a verdade é que, muito em breve, independente da idade, sexo ou profissão, estar integrado às tecnologias - ou plugado, como preferir - será requisito básico. E isso vale para você, educador.
Porém, infelizmente, ainda não são todas as escolas que dispõem de computadores, e os professores que querem trabalhar com essa ferramenta tem de procurar em outros lugares ou adquirir um. Pouco tempo atrás, isso significava desembolsar uma alta quantia em dinheiro, e nem todos podiam fazer esse investimento. Entretanto, hoje, comprar um computador está mais acessível. Veja como.
Na prática
O governo lançou em 2003 o Projeto Cidadão Conectado - Computador para Todos, o qual faz parte do Programa Brasileiro de Inclusão Digital e oferece linhas de financiamento para facilitar a compra do computador popular. Prevê, ainda, que todo cidadão que adquirir um equipamento pelo projeto terá direito a suporte, tanto para atendimento técnico como para o uso dos aplicativos.
O computador popular deve estar dentro dos requisitos determinados, com sistema operacional e aplicativos em software livre, além de permitir acesso à Internet. O equipamento deve ser comercializado pelo preço máximo de R$1.400,00.
Linhas de financiamento
São dois os bancos que estão realizando financiamento para a compra do computador popular: a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. O valor máximo financiado pelos dois é de R$1.200,00, que pode ser dividido em até 24 parcelas com valor mínimo de R$ 63,44 e juros de 2% ao mês.
Quem já é cliente da Caixa Econômica Federal tem crédito pré-aprovado. Entretanto, quem não é correntista também pode adquirir o financiamento, basta abrir uma conta corrente ou uma conta poupança no banco, uma vez que as parcelas são debitadas em conta.
Já os correntistas do Banco do Brasil podem adquirir a linha de crédito por meio do cartão de débito eletrônico, que é filiado à bandeira Visa.
Especificações
Há uma configuração básica do computador popular determinada pelo programa federal. Monitor de vídeo, teclado, mouse, processador de 1,4GHz, HD de 40 GB, CD-ROM, memória de 128 MB e fax-modem.
Desde novembro de 2005, a Positivo Informática - uma das empresas que fabricam os modelos que atendem aos requisitos dos computadores - possui quatro modelos devidamente identificados com o selo do programa federal para pronta entrega. Segundo a assessoria da Positivo Informática, já foram comercializados cerca de 77 mil equipamentos até o mês de abril deste ano. O modelo mais vendido é o computador Positivo com processador Intel Celeron D315 - Sistema Operacional Linux. Possui 256 MB de memoria RAM, HD de 40 GB, CD-ROM/RW, placa controladora de vídeo, som e rede (todas onboard), leitor de disquete, fax-modem 56k v.92. Teclado, mouse, mousepad e caixas de som. Gabinete minitorre, monitor 15". Sistema Operacional Linux.
Onde comprar
Redes varejistas, como Magazine Luiza, Ponto Frio, Colombo e Extra Hipermercados participam do programa do governo federal, através dos recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e comercializam o computador popular.
No Magazine Luiza, as vendas iniciaram em 20 de dezembro do ano passado e, até hoje, 45 mil computadores já foram comercializados. A previsão e vender 120 mil maquinas, com o perfil do equipamento, no ano de 2006. Porém, nas 360 lojas da rede distribuídas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, só é possível comprar o computador por meio de financiamento próprio da loja, que segue as taxas e as parcelas dos financiamentos efetuados pelos bancos para o projeto de inclusão digital.
O Extra Hipermercados também dispõe em suas lojas o equipamento. De acordo com a assessoria da rede, no primeiro trimestre de 2006 o número de máquinas comercializadas aumentou de três a quatro vezes com relação ao mesmo período do ano passado. Ainda segundo a assessoria, os computadores populares correspondem, atualmente, a 60% das vendas de material de informática dentro do Extra.
Conexão
Segundo uma cláusula do projeto do governo federal, as operadoras de telefonia fixa poderão oferecer a seus clientes acesso mais barato a Internet: por 15 horas de conexão, os usuários pagarão R$ 5,00 por mês mais impostos, o que dará cerca de R$ 7,50 (dependendo da incidência do ICMS em cada Estado). Terão acesso a esse serviço de conexão somente os novos usuários de telefonia fixa ou aqueles que possuem linhas telefônicas instaladas, mas que não fizeram conexão com a Internet ao menos nos últimos seis meses. Contudo, esse serviço ainda não esta vigorando.